Dr. Artur Vasconcelos
30 de dez de 20203 min
Atualizado: 13 de jan de 2021
Não é infrequente receber queixas de tutores insatisfeitos com atendimentos prestados por colegas. Alegam uma enorme dificuldade para encontrar profissionais alinhados com o tipo de medicina que procuram.
É clara e urgente necessidade de transformação da nossa profissão. Mas a desvalorização e esgotamento do veterinário também é parte dessa equação. Quando penso no trabalho dentro do consultório, vejo uma via de mão dupla. Todo mundo aprende, todo mundo se responsabiliza, todo mundo sai ganhando.
Saiba o tipo de ajuda que busca ao procurar o veterinário. Peça indicações, informe-se sobre o formato de trabalho dele e deixe claro como você espera que ele te ajude. Seja honesto sobre sua disponibilidade de tempo, investimento financeiro ou mesmo intenção ou não de seguir a conduta proposta.
Não existe veterinário perfeito, nem “24 horas”. Sempre que possível, planeje a visita ao consultório. O plantonista é essencial para resolver algo urgente, mas não espere que ele resolva um problema crônico que apareceu há dois anos, especialmente no meio de uma noite tumultuada.
Marque o dia da consulta na sua agenda e chegue antes do horário combinado, para cadastramento e pesagem. Atrasos e ausências sempre devem ser avisados com o máximo de antecedência. Lembre-se que o tempo do veterinário é o seu tempo também, você está pagando por ele, valorize-o.
Tenha uma boa relação com a equipe de apoio. As secretárias e auxiliares são o seu elo de ligação com o veterinário, e ficarão muito felizes em acomodar as suas necessidades de horário ou urgência. Um “bom dia” e um sorriso vão longe dentro do ambiente médico.
Os animais podem ficar inseguros e ter reações imprevisíveis na clínica. Leve o seu sempre preso à guia ou em caixa de transporte adequados. Solte-o somente ao entrar no consultório, com autorização do veterinário.
Deixá-lo fazer as necessidades fisiológicas em área apropriada, antes de entrar na recepção, evita constrangimentos ou ansiedade para sair durante o atendimento.
Especialmente para procedimentos potencialmente incômodos, como exames físicos, coletas de sangue e aplicações injetáveis, certifique-se da segurança que seu animal oferece à sua contenção e à manipulação pelo veterinário. Acostume-o em casa ao uso de equipamentos como mordaças e colares, caso isso seja necessário.
Quase todo profissional oferece algum tipo de suporte remoto, fora do consultório. Com as inúmeras formas de comunicação, pergunte qual ele prefere, e também sobre a expectativa de tempo para retorno. Assim, a conversa flui da melhor maneira possível.
Mais uma vez, a equipe de apoio se torna essencial. Geralmente o controle da agenda é função dela, assim como orçamentos, pagamentos e fornecimento de resultados de exames.
Manter um arquivo físico ou digital, com exames recentes e prescrições, é uma responsabilidade do tutor, e não do veterinário. Certificar-se de levá-lo no dia da consulta pode ser a diferença entre um atendimento satisfatório e aquele onde não se resolve nada (e do qual você sai cheio de dúvidas).
Além disso, saber na ponta da língua o que já foi feito ou já funcionou facilita o trabalho do profissional, otimiza tempo e recursos financeiros, e evita exames e tratamentos desnecessários.
É esse o modelo de medicina proativa que precisamos. Um convite para 2021: que tal dar uma chance para o veterinário que sempre esteve ao seu lado? Faça sua parte e seja o melhor cliente que ele poderia ter. Quem vem comigo?
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